sábado, 22 de maio de 2010

A PRIMEIRA VEZ - PARTE IV

Foto: http://images02.olx.pt/ui/1/58/88/41815088_1.jpg

Amigos, viajei, depois os problemas de saúde pegaram-me por uns dias, pondo-me de cama. Não estou bom agora, mas posso postar. Desculpem a demora e a descontinuidade na história.

Continuando...



E ela me ensinou muito. Se no crime a premeditação aumenta a pena, no sexo potencializa a excitação e o prazer. Foi isso que percebi na sua respiração arfante e nos peitinhos espetando a blusa ordinária quando me arrastou nu pela sala vazia para o quarto onde me mostrou as suas maquinações da manhã.


O quarto com enorme cama de casal abria janelas no oitão direito para o caramanchão com buganvílias fortemente coloridas. As enormes mangueiras agitavam ao fundo o verde escuro das copas. O sol projetava luz pela janela no centro da cama, doendo nas vistas a claridade que feria o alvo lençol de linho branco. Tudo cuidadosamente arranjado como se fosse para núpcias.


Ante meu espanto, ela confessou:


— Troquei hoje cedinho a roupa de cama especialmente para nós dois.


— Para nós?


— Sim, sabia que tudo ia dar certo — e expressou num sorriso malicioso toda a sua convicção.


Enquanto eu me conservava em pé, Maria deixou-se cair molemente na cama, rolou sobre ela e foi tirando, uma a uma, as peças do resumido vestuário. Parou de repente na última: uma minúscula calcinha rosa. Com o dedo indicador curvado, chamou-me.


Não contente com minha indecisão foi mais explícita:


— Vem, a calcinha você vai tirar.


Com um pulo felino pus-me a seu lado, rangendo as molas da velha cama. Foi impossível fugir a um pensamento, por saber que meus pais habitaram muito aquela casa: não teria sido ali que eles gozaram a minha concepção?


Maria me fez voltar imediatamente à realidade ao virar-se na cama oferecendo-me, de quatro, o grande traseiro. Decidido como estava, não iniciaria por ali a minha exploração. Voltei-a, queria explorar na frente o encontro de suas coxas.


Nem Dom Juan nem Casanova

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